30.6.08

Era uma típica noite de inverno. Fazia frio em Porto Alegre.
Há 10 anos atrás, seria minha última noite de gestação.
Eu tentava descansar, num colchão de ansiedade e expectativas, um salto nas alturas do universo feminino.
Tudo o que é absolutamente natural, no sentido mais literal e absoluto que essa palavra possa ser.
Uma mulher grávida traduz o que é ser humano.
No outro dia tudo seria diferente e para sempre.
Me transformaria em duas. Nasceria a minha outra vida.
Porque quem é mãe vive dobrado.
Tudo aquilo era único e primeiro.
A expectativa é intolerante.
Será que está tudo aqui?
Será que dará tudo certo?
Será menino ou menina?
Parecido comigo?
Com quem?
Quem será essa criatura que sairá de dentro de mim?
Mais expectativas...
e uma força enorme capaz de encarar qualquer parada!
Quem viesse já era amado.
Profundamente amado!
No inicio da manhã eu fui,
mas só te peguei nos braços à noite.
às 20h27 um choro canceriano ecoava na sala de um hospital.
Me veio o ar!
e com ele toda a felicidade do mundo
O amor de mãe me tranformara,me mudaria, me elevava.
10 anos se passaram, não é muito, eu sei, mas é enorme.
E o mais incrível de tudo
é que o que acabou acontecendo foi que
o que eu vivo hoje sendo mãe do Arthur
é infinitamente maior que minhas vãs expectativas.
Te amo, mozo!
Feliz Aniversário!
:)

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