20.11.08

Vieste da fome, da sede, do desejo, da loucura, do acaso repetido e feliz.
De sorriso largo e olhos vivos, dançavas para mim
e, no ritmo do teu perfume, entrei no teu embalo.
E eu nem desconfiava que poderia ser assim a tua música.

Entre "talvez" e "quem sabe?" fomos indo
e na tua sinueta hoje me vejo
num teorema finito de poucas palavras
mas de forte personalidade e vontade

Aqui dentro não me reconheço mais
Será eu esta que vai ao teu encontro e te ouve?
E que importância tem quem somos
quando o que se quer é ser diferente?

E onde é que guardo os pensamentos que agora são teus?
Minhas gavetas estavam cheias e eu nem sabia
não comportam o que está acontecendo conosco
Nem mesmo o que poderiamos ser

Meus sonhos tem nome e endereço fixo
só não sei por quanto tempo.

Um comentário:

Liziê disse...

Eu digo...tu é boa nisso!
Lindo, lindo.