6.6.08

Nada à declarar,
a não ser a incansável sensação de desespero
Nada pra lembrar
a não ser a inconsolável memória do acaso
Nada à fazer
a não ser a desatinada fuga dos meus pensamentos
Nada pra contar
a não ser a rotina dos sorrisos
Nada à sugerir
a não ser o silêncio das palavras não ditas.
E mesmo em meio a tanto nada
meu caminho parece já estar traçado
com uma linha imaginária que só eu vejo
e que por si só me desdenha.

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